quarta-feira, 1 de abril de 2015

Pranto de Nosso Senhor
(todos de pé)


1. Bendito e louvado seja
Jesus nosso redentor
Que sendo a mesma inocência
Morreu como malfeitor.

Tende misericórdia, Senhor
Tende misericórdia de nós.

2. Sendo Deus onipotente.
A nossa forma tomou;
Nas entranhas de Maria.
Por nosso amor encarnou.

3. No horto gotas de sangue
Suou com grande agonia;
Porque os nossos pecados
Com Ele pagar queria

4. Com duras e grossas cordas
Preso o nosso Redentor
Vendido e entregue por Judas
Como um cruel malfeitor

5. Atado a uma coluna
Foi Jesus Cristo açoitado
O seu sacrossanto corpo.
Tiranamente rasgado.

6. Foi de espinhos coroado
Sentado na pedra fria;
Na mão, por cedro uma cana
Como rei de zombaria.

7. Por Pilatos foi à morte
Condenado o bom Jesus;
Desfalecido e cansado
No ombro tomou a cruz;

8- Com ela foi caminhando,
Pela rua da amargura
E, curvado ao peso imenso,
Caindo na terra dura.

9- Chegando ao monte calvário
Pelos Judeus foi despido,
E logo com alvoroço
Na mesma cruz estendido.

10. Com duros e grossos cravos
As mãos e os pés lhe pregaram
E, entre dois malfeitores
A santa Cruz levantaram.

11. E assim, na Cruz suspenso,
Morreu pelo nosso amor
Sendo Ele a própria inocência
Sofreu da morte o rigor.

12. Um soldado com a lança,
O peito lhe transpassou;
E o Coração de Jesus
Tiranamente rasgou.

13. Agora cheguemos todos,
Aos pés de Jesus prostrados
Os nossos crimes chorando,
Para sermos perdoados.

14. Senhor Deus, misericórdia
Misericórdia, Jesus.
Perdoe nossos pecados
Por Vossa morte de cruz.

15. E assim como ao bom ladrão
Vós perdoastes Senhor
A todos nós pecadores

Perdoai, por vosso amor.

Pranto de Nossa Senhora

Pranto de Nossa Senhora
(todos de pé)



1. Estava a Mãe Dolorosa
Junto ao pé da Cruz chorosa,
Enquanto o Filho pendia;
Sua alma cruel espada,
Que lhe foi profetizada
Tiranamente feria.

Tende misericórdia, Senhora
Tende misericórdia de nós.

2. Oh! Quão triste e quão aflita,
Estava a virgem bendita,
Mãe do nosso Redentor;
A qual chorava e gemia,
Porque as penas cruéis via,
De Jesus, seu doce amor.

3. Quem não sentira e chorava,
Vendo a Mãe de Deus preclara
De dores tão transpassada?
Quem não se entristecera
E se não compadecera
De mãe tão penalizada?

4. Viu que depois de açoitado
Foi em uma cruz pregado
Jesus, Seu Filho inocente;
Viu mais a Jesus querido
Despedaçado e ferido
Morrer por nós cruelmente.

5. Dai-me, Mãe, fonte de amor,
Parte desta Vossa dor
Para convosco chorar;
Fazei que o meu coração
Sentido desta paixão,
De dor se veja estalar.

6. O meu duro peito abri,
Dentro as chagas imprimi,
De Jesus, vossa doçura;
Fazei que eu morra de amores,
Por Jesus, as suas dores
Sinta com grande amargura.


7- Fazei que nestes tormentos
De Jesus meus pensamentos
Se impreguem enquanto viver;
Junto a cruz eu quero estar,
Para Vos acompanhar
Neste pranto até morrer.

8- Chorar Convosco quisera,
Ó Virgem quem me dera
Morrer também por Jesus.
Fazei que, sentindo a morte
De Jesus, eu tenha a sorte
Que me alcançou nesta Cruz.

9. Com estas chagas ferir-me,
E também à cruz unir-me,
Desejo Virgem Maria;
Peço-Vos ser amparado,
Por Vós quando for julgado
Em o meu último dia.

10. Pela morte pela Cruz,
Que padeceu meu Jesus
Do inferno dai-me vitória;
Dá-me graça finalmente,
Para morrer felizmente,
E vos ver na eterna glória.